22 de julho de 2012

[E3] Um vislumbre da próxima geração de video games na E3 2012


Xbox 360, Playstation 3 e (pasmem) Nintendo Wii formam a sétima geração de video games. Geração essa que inicou em 2005, quando o console da Microsoft foi lançado, ou seja, lá se vão aí sete anos, o que faz deste o maior ciclo de geração de games até hoje. Por isso, muitos jogadores já esperam ansiosamente não só por novos hardwares, mas também games mais poderosos e a E3 2012 prometia marcar o início da oitava geração, já que a Nintendo iria mostrar mais do seu Wii U.
De certa forma, a E3 deste ano serviu para sermos apresentados ao futuro dos video games, mas não tanto por meio da Nintendo e sim de outra forma, com a apresentação das novas engines gráficas que serão o “esqueleto” dos games que veremos daqui a um ou dois anos.
Sim, esses gráficos são mais bonitos do que a vida real
Desde quando ainda era conhecida pela alcunha de Squaresoft, a dona de Final Fantasy primava pela qualidade gráfica dos jogos, principalmente quando se fala das animações feitas em computação gráfica, as famosas CGs.
Não a toa, a empresa fez um vídeo de duas horas em CG e o chamou de filme, era Final Fantasy The Spirit Within, de 2001, e anos depois repetiu a dose com Final Fantasy VII Adventrue Children. Por isso, não é uma grande surpresa que tenha sido a Square Enix a primeira a nós impressionar com o que pode ser a próxima geração de video games, apresentando esse vídeo no meio da E3.


E foi com isso, senhoras e senhores, que a Square Enix “zerou” a E3 2012 e fechou a porta da internet quando saiu. A demostração técnica da Luminos Studio, a nova engine gráfica que a Square Enix está desenvolvendo, mostra o que poderemos ver nos jogos para o Playstation 4 ou o próximo Xbox.
O vídeo, lógico, deixou todos boquiabertos e impressionados, ao ponto de muitos acreditarem que aquilo não fossem gráficos processados em tempo real. Mas aí um novo vídeo foi vazado, o que calou a boca de todos.

Agora que estamos convencidos, vamos ao que se sabe sobre a tal Engine Luminous. Segundo o site IGN, a Tech Demo mostrada foi resultado dos esforços conjuto de vários estúdios internos da Square Enix, de diferentes partes do mundo. A produtora, no entanto, não divulgou qual a configuração do PC em que a demo estava rodando. O que seria uma forma de termos uma ideia do poder que uma máquina precisaria para processar gráficos tão impressionantes.
Já em outra ocasião, o próprio chefão da Square Enix,Yoichi Wada, falou a respeito da engine. Segundo ele, a Luminous foi criada como uma forma de unificar o desenvolvimento interno de games, já que hoje em dia cada jogo feito por um estúdio da produtora tem uma engine própria.
No entanto, a Luminous também serve para versatilizar o processo, não sendo pensada únicamente em gráficos mais realistas, mas também em possibilitar que diferentes tipos de jogos sejam feitos nela. “Esperamos que a Luminous Studio seja  capaz de cobrir um grande escopo de jogos, desde aqueles que têm muita ação até aqueles que não têm nenhuma”, disse o boss da Square em entrevista divulgada no Kotaku Brasil. E ao falar de versatilidade, Yoichi também quer dizer que a engine vai ser utlizada para desenvolver games tanto para consoles, quanto para PC e também smartphones.
Por fim, o senhor Wada-san confirmou que a produtora não irá licenciar a engine para outras empresas. Isso quer dizer que somente jogos da Square Enix a utilizarão :(
Mesmo com todo esse “auê” em cima da tech demo, já se sabe que, no momento, não está sendo desenvolvido nenhum jogo com a Luminous, já que a ela própria ainda não está pronta.
Acho que está faltando algo “épicamente irreal”
Até antes da Square Enix e sua Luminous virem e roubarem a cena, o que muitos estavam esperadno na E3 era a apresentação da próxima versão da engine da Epic Games, a Unreal Engine 4.
Para quem não sabe, é utilizando a atual versão desse motor gráfico, a Unreal 3, que são feitos jogos como o último Mortal KombatMass Effect e Batman Arkhan City. Foi por causa dessa engine, há uns seis anos, que finalmente pudemos experimentar o que a sétima geração era capaz, quando o primeiro Gears of War foi lançado. A Unreal 4, portanto, também servia para o mesmo propósito nos jogos que estão por vir.
Para ser bem honesto, talvez tenha sido já no ano passado que começamos a ter uma ideia do que seria a próxima geração de games, quando a Epic apresentou a última e mais recente versão da Unreal 3 (também chamada de Unreal 3.5). Este foi o Samaritan Tech Demo.

Esse vídeo não era o trailer de um novo jogo e sim uma demostração técnica do poderio da nova atualização da engine. Assim como a tech demo da Square Enix, esse vídeo foi bastante comentadado porque tudo esse gráfico aí que você viu também é feito em tempo real. Não, não era a Unreal 4, porque a quarta versão da famosa engina só foi apresentada oficialmente na E3 2012.

Os efeitos de ilumiação estão incríveis, mas, sinceramente, não impressionou muito. Ela é bonita, sem dúvida nenhuma, mas nem chegou perto do nível de qualidade da Luminous e, ouso dizer, da Saramitan, que deveria ser, teoricamente, inferior a ela.
E não sou só eu, um reles jogador que só tenho acesso a vídeos do youtube, que digo isso. O Jornalista e editor do site americano Kotaku, Stephen Totilo, esteve em uma apresentação da Unreal 4 na E3 e disse que ela não parece uma evolução tão gritante assim se comparada com a Samaritan.
No entanto, em uma conversa em que Totilo tem com um dos artista responsáveis pelo desenvolvimento da Unreal 4, Alan Willard, o funcionário da Epic diz que o principal avanço para deixar a Unreal 4 mais realista foi na tecnologia de iluminação. Neste vídeo aqui embaixo, ele explica isso mais detalhadamente.

O que talvez eu ache que tenha acontecido é que a Unreal, diferente da Luminous, é uma engine que é licenciada para várias outras empresas, não tão dedicada como a da Square Enix, o que faz com que ela não seja tão impressionante assim no primeiro monento.
Outro motivo é que, assim como aconteceu com a Unreal 3, ela receberá várias atualizações conforme o tempo for passando. Afinal, a primeira versão da Unreal 3 é bem inferior ao que é utilizado hoje em dia.
Por falar nisso, o jornalista da Kotaku americana também afirma que o recém-anunciado Star Wars 1313, diferente do que possa parecer, é feita com essa última versão da Unreal 3. Olhem só como o jogo está ficando.

Isso mostra que ainda se pode tirar muito da Unreal 3. Contudo, isso tem seu preço. A Epic confirmou que para se poder chegar ao nível apresentado no vídeo do Samaritan (e, consequentemte no vídeo acima) é necessário um computador equipado com três placas de vídeo GeForce GTX 580 (e eu, que só tenho tenho uma, penso que estou feliz).
Já de acordo com informação de Stephen Totilo, a Tech demo da Unreal 4 estava rodando em um PC com uma única placa GeForce GTX 680 (uma das mais top de linha da atualidade), ou seja, é uma tecnoligia que já está acessível (mesmo que custe os olhos da cara).
Mas é melhor não esperarmos que os primeiros jogos de PS4 já sejam feitos com a nova Unreal , já que, conforme o que Alan Willard falou para o jornalista na reportagem, os jogos com Unreal 4 só devem aparecer na segunda leva de jogos da próxima geração, o que deve acontecer mais ou menos um ano depois que os próximos consoles forem lançados.
Mesmo com essa afirmação, o editor do Kotaku confirmou com um desenvolvedor de games, de que já estão sim trabalhando em jogos com a Unreal 4.

Unreal 4 e o seus sistema de iluminação de ambientes

Tanto as tech demos da Unreal 4 e (mais ainda) a da Luminous impressonam. Contudo, é sempre bom lembrar que elas são feitas só para mostrar uma noção do que poderá ser o visual dos próximos games, sendo que os títulos dificilmente conseguem chegar em uma qualidade tão elevada logo de cara.
Por outro lado, jogos impressionantes que foram mostrados na E3 2012, como o já citado Star Wars 1313, The Last of Us e Watch Dogs, mostram que ainda podemos tirar proveito da atual geração (mesmo já sendo confirmado que, no caso de Watch Dogs e Star Wars, estarem rodando em um PC). Esse deve ser o último suspiro da sétima geração de video games.
Portanto, o futuro dos games na próxima geração (em termos de qualidade gráfica) será em 1080p, a 60 quadros por segundo e a E3 2012 mostrou isso.

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