Desde 2009, quando lançou Assassin’s Creed II, a Ubisoft vem fazendo da série de assassinos algo anual. A “calofidização” dizem uns. ”explorar a fórmula até dizer chega”, falam outros. o resultado foi o deslize chamado Assassin’s Creed Revelations, no ano passado. Não foi um tropeço muito feio, mas o suficiente para deixar os fãs preocupados com a verdadeira continuação: Assassin’s Creed III.
Por isso, na E3 deste ano, há poucos meses de mais um jogo anual, a Ubisoft deveria provar que a série tinha se renovado e, não a toa, o que foi revelado de Assassin’s Creed III nos deixaram um pouco mais aliviados e ainda adicionou um jogo “a tira colo”, como extra.
O que se sabia do jogo até a apresentação na E3 era que, mais uma vez, iriamos mudar de cenário e período histórico, vindo cada vez mais para o futuro. Depois de sermos um assassino no oriente médio das cruzadas (Assassin’s Creed 1) e na itália renascentista (Assassin’s Creed 2), em Assassin’s Creed III o protagonsita é um meio nativo americano, meio inglês, que está inserido nos eventos da chamadaRevolução Americana, que resultaram na independência dos E.U.A, no século 18 (17XX para quem não sabe).
O protagonista, sendo metade índio americano, metade britânico, pode ser chamado na rua por dois nomes. Um é Rathohnhaké:ton (sim, com o “:” mesmo), o outro é só Connor. Por algum motivo indecifrável (ironia), o segundo nome acabou sendo o mais utilizado pela Ubisoft para se referir ao personagem.
Além disso, sabe-se que veremos um período de 30 anos no game, desde 1753, bem antes da revolução, até 1783, quando a guerra termina e os americanos estão livres (Sim, isso é um puta spoiler de Assassin’s Creed III. Vão, me xinguem no twitte). Porém, isso talvez seja uma forma de fazer o jogador se apegar mais com o novo personagem, ao vê-lo se desenvolver durante os anos, assim como aconteceu com Ezio nos três últimos games da série.
E porque fiz toda essa contextualização histórica, se essas notícias já tinham sido reveladas antes da E3? Porque história é o que faz de Assassin’s Creed 50% interessante. A outra metade ficou para a Ubisoft mostrar na feira: a jogabilidade.
Pelo que foi mostrado, podemos perceber que o game está fazendo jus ao “III” do título. Uma verdadeira continuação.
A começar pelo combate. Apesar de parecer mais uma evolução do que vem sendo aplicado desde o Assassin’s Creed Brotherhood, segundo o diretor criativo do game, Alex Hutchinson, o sistema de combate foi todo refeito do zero para AC III.
“É um estilo de luta de base com duas armas em cada mão, o que significa que você pode realizar ótimos tipo de combos entre luta corpo-a-corpo, atirar de longe com uma pistola e voltar ao combate mais próximo. O que é legal em termos de fluidez”, disse Hutchinson em uma entrevista ao site IGN.
Mesmo com um combate satisfatório, a principal mudança em Assassin’s Creed III é, sem dúvida, a ambientação. Saem as grandes cidades cheias de construções para escalar e entram os ambientes mais livres de natureza viva. Mas como mostrado no vídeo da demo, não é isso que vai deixar um assassino de usar as suas habilidades de parkour e Connor utiliza troncos de árvore e escala montanhas como ninguém.
Todas essas habilidades em um ambiente mais natural, segundo Hutchinson, serve justamente para os jogadores se sentirem em um lugar completamente novo e estranho. “Nós queriamos que você sentisse como se fosse você contra a região selvagem. Então, nós trabalhamos muito em como fazer você sentir essa emoção, isso inclui o comportamento dos animais”, disse o diretor criativo, dessa vez para o site Gamespot.
A ambientação é algo que sempre é levada a sério em Assassin’s Creed e neste terceiro jogo um novo elemento que irá contribuir para o jogador “entrar no clima” (literalmente), são as mudanças de estações no decorrer do game. Pelo que foi anunciado, essa alteração de verão para inverno (e virce-versa) mudará também os cenários e, consequentemente, o modo de jogar.
Ao mesmo tempo, aqueles com saudades de uma boa escalara em prédios históricos e contruções antigas também poderão se sentir em casa, já que os produtores confirmaram as cidades de Boston e Nova York como parte do game. Esse vídeo abaixo, do site gametrailers, mostra um pouco de como será a parte urbana de Assassin’s Creed III.
Tudo isso ainda não era tudo que a Ubisoft podia mostrar de Assassin’s Creed III e o game realmente mostrou que poderia surpreender quando, na conferência da Sony, é revelado um novo modo de jogo na série: a mecânica de navegar e combater em mar aberto. Confira.
Em Assassin’s Creed Revelation, tivemos um pequeno vislumbre de combate marítimo, mas dessa vez a luta parece ser bem mais impressionante e, o melhor, empolgante. Apesar de achar que isso só irá acontecer uma vez no jogo (o que já tira um pouco a graça de já termos visto essa sequência), isso mostra o quanto a Ubisoft quis realmente evoluir os conceitos da série e iniciar um novo ciclo em Assassin’s Creed.
Na mesma apresentação da Sony, a Ubisoft também aproveitou para confirmar um rumor que já vinha sendo falado há alguns meses. Assassin’s Creed III iria ser lançado para o PS Vita, mas em vez de ser um simples port para o portátil da Sony, ele se mostrou um jogo próprio, com uma nova protagonista. Este é Assassin’s Creed III: Liberation.
O nome da moçoila aí é Aveline de Grandpré e, assim como o protagonista do AC III principal, também é mestiça, mas de Franceses e Africanos.
Como pode-se ver no começo do vídeo, o jogo se passa na cidade de New Orleans, na mesma época de Assassin’s Creed III para os consoles e o game cobre os eventos da rebelião de Louisiania. Ah, você não sabe o que é essa rebelião? Pois é, eu também não sabia, mas depois de uma rápida “pesquisa” em um site de história, heis o que descobrir.
Senta que lá vem a história.
Na longínqua década de 1760, o que hoje é o estado de Louisiania pertencia à França. No entanto, depois de uma guerra contra a Espanha, os francesses tiveram que ceder o território para os espanhois (novidade os franceses perderem um guerra…).
Não aceitando a impossição de um governo espanhol no lugar, os colonos franceses na América se revoltaram e realizaram o que ficou sendo chamada de Rebelião de Louisiana e seu centro foi a principal cidade da região, New Orleans. Daí também pode se tirar o subtítulo do jogo: Liberations.
Esse plot histórico de conflito é perfeito para se ambientar um Assassin’s Creed. Segundo a Ubisoft, o “pequeno” grande terá os mesmo elementos do game principal, inclusive os ambientes não tão urbanos.
Se só isso já não fosse o bastante para querer jogar Liberation, a produtora francesa, junto com a Sony, anunciaram a venda de um pacote exclusivo do portátil PS Vita contendo o jogo. Agora é ter que me controlar para não querer comprar esse bundlle (porque, né? É o Vita, há de se pensar duas vezes…)
Com toda essa enxurrada de boas demostrações, os fãs (eu) de Assassin’s Creed já podem ficar sussegados quanto a qualidade do terceiro jogo da série, que pelo visto, terá toda a “essência” Assassin’s Creed, mas com todas as novidades que uma continuação principal demanda. É bom lembrar que ainda faltam muitas coisas a serem descobertas, como o modo Multiplayer e a história de Desmond nos dias atuais.
Os dois Assassin’s Creed III, o principal e o Liberation, serão lançados no dia 30 de outubro. O Liberation é, obviamente, exclusivo de PS Vita, já o III sairá para Xbox 360, PS3, PC e também Wii U.
Um adendo para nós, brasileiros, é que a versão nacional de Assassin’s Creed III virá com legendas em português, mas – em compensação – também colocarão dublagem PT-BR.