23 de julho de 2012

[E3] (pré) pré-conferência da Nintendo: um Wii U para a todos socializar


Maldita Nintendo, maus consigo prever seus movimentos! Foi usando de táticas orientais ninjas (ou simplesmente jogadas de marketing mesmo), que a empresa de Mario e cia antecipou algumas informações que iria anunciar durante a E3 sobre o seu novo videogame, o Wii U.
A Nintendo realizou neste domingo (3), uma pré-pré-conferência E3, por meio do Nintendo Direct, um programa que a empresa realiza ragularmente para anunciar novidades. Em um vídeo gravado padrão “Konami”, o presidente da empresa, Satoru “não sei falar inglês” Iwata, mostrou qualê desse novo console de joguinho eletrônico.
E o quê que o sucessor do Nintendo Wii vai nos oferecer? Acompanhe o apresentação de 30 min da Nintendo no vídeo abaixo (em inglês) e depois nos acompanhe para uma viagens cheia redes sociais, um iPad e muito potencia.
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Olá! meu nome é Wii U GamePad, mas pode me chamar de iPad do Wii U
Assim como aconteceu com o Wii, a estrela maior do novo videogame da Nintendo é o seu controle, que agora tem um nome: Wii U GamePad, mas não adianta, porque todos vão continuar chamando ele de iPad do Wii U.
Na apresentação da Nintendo, ele mostrou que é bem isso mesmo, um tablet que será a central de funcionamento do aparelho e controlará praticamente todas as funções não só do videogame, mas como também da TV, funcionando como um controle remoto. Além disso, como um iPad que se preze, a sua tela será touch screen, terá sensor de movimento e de giro, igual ao controle do Wii.
Quanto ao design, a apresentação confirmou que esse é modelo vazado em uma foto poucos meses atrás. A principal mudança fica mesmo para os dois analógicos na parte superior, que agora são mais “para fora”.
“Percebemos que os antigos analógicos eram mais apropriados para aparelhos móveis e usados em jogos mais casuais”, assim Iwata justificou a troca botões. Ponto pra Nintendo.
Tal qual foi como o Wii e o classic controller, a Nintendo pensou naqueles mais desfavorecidos e marginalizados por ela, que preferem uma jogatina mais clássica, e vai lançar também um controle com um formato mais tradicional, chamado Wii U Pro Controller, que bem poderia poderia ser chamado de controle Xbox U, já que ele é identico ao controle do console da microsoft.
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Miiverse: “Welcome to the Internet, i’ll be your guide”.
A Nintendo veio com um papinho de como a tecnologia deixa as pessoas conectadas, mas prejudica o relacionamentos dela no mundo real (se alguém souber o que é isso de “mundo real”, por favor me diga. É um MMO novo?) e blá blá blá.
Tudo isso foi para anunciar as tão aguardadas funcionalidades online do Wii U, que agora (empolgação fake) TERÁ UMA REDE SOCIAL ONLINE!!! (benvida a 2006, Nintendo). Esse é oMiiverse, uma rede social integrada ao Wii U, onde os jogadores poderão conversar entre si, tanto por texto quanto por desenhos (de pintos), interagir com estranhos, pedir dicas de como passar daquela fase difícil, fazer vídeo conferência á láHangout do Google +.
Tudo isso, claro, será gerenciado pelo iPad do Wii U.
Na real, o Miiverse será uma mistura de Steam, com uma pitadinhas de Raptr, coberto com uma camada de Xbox Live e PSN.
Por fim, Iwata disse que o Wii U será tanto uma evolução do Wii quanto algo totalmente novo e único com a tal rede social (rede social era novo e único há uns 5 anos, mas não fala nada pra ele…).
Vamos sair pra balada com o Miiverse

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Uma Opinião Alheia
O que foi mostrado na apresentação parece bem promissor (de verdade), mas tem algo que achei interessante na fala do Iwata.
Ao parafrasear Shigeru Miyamoto (quem?), o presidente da Nintendo fala: “Uma grande ideia resolve vários problemas de uma vez. Nós acreditamos que isso descreve o Wii U GamePad. É uma ideia que tem o potencial de resolver diversos dos problemas que o Wii U foi projetado para visar”.
O jogo de Zumbi do Wii U
Humm… Peraí, quer dizer que todas as funcionalidades do Wii são vistos como umproblema pela Nintendo? Sendo o iPad do Wii U (lembrem-se, esse é o verdadeiro nome dele), a central de todas as funções do console, inclusive as online, vem o que pode ser o verdadeiro obstáculo que a Big N terá que tratar.
Todos sabem que a Nintendo é pessíma quando se fala em recursos online. O Wii tem funcionalidades de internet pífias e complicadas. Esse é um terreno que a Nintendo não domina e conseguir realizar tudo aquilo que foi mostrado na apresentação parece ser o “problema a ser resolvido” que Iwata mencionou.
Lembremos também que a Sony demorou uns bons dois anos até conseguir fazer o Playstation Network rivalizar com a Xbox Live. Era algo novo para ela, o que resultou em muitos erros para ela finalmente acertar a mão. A Nintendo está entrando agora nessa área online, será que ela acerta de primeira? Tenho minhas dúvidas.
Sim, o Wii U parece muito promissor. Todos os recursos e funções mostradas no vídeo são bem empolgantes. No vídeo. Mas o que me faz ficar com o pé atrás e olhar torto para tudo isso é esse ar “coisa fofa” que a Nintendo coloca em tudo. É infantil demais. “Família perfeita” demais.
Fora isso, ainda ficou algumas dúvidas a serem respondidas. O console só poderá usar um iPad Wii U como foi anunciado ano passado? E os console em si? Mais uma vez a Nintendo só focou no controle e só se vê vislumbres do  Wii U de fato. Além disso, em um jogo de zumbi mostrado, achei a qualidade dele beeem feiazinha, em um nível um pouco inferior aos da atual geração.
É claro que a Nintendo não ia falar tudo de banadeja, né? Afinal A “verdadeira” conferência dela só vai rolar na próxima terça-feira (5).

BETA DE BATTLEFIELD 4 COMEÇA NA PRIMAVERA DE 2013


Electronic Arts anunciou oficialmente informações sobre o início da fase de testes beta de Battlefield 4. De acordo com um release liberado pela publisher, o beta terá início a partir da primavera de 2013 (outono no hemisfério norte).
Battlefield-4
Relatos sobre um novo Battlefield surgiram nesta semana, quando a Electronic Artspublicou a pré-venda de Medal of Honor Warfighter, com um banner de Battlefield 4, indicando o acesso para a versão de testes para quem realizasse a compra.
Agora, a imagem revelada “sem querer” pela EA está estampada oficialmente no release da companhia.
Medal of Honor Warfighter chega em outubro deste ano, enquanto Battlefield 4 ainda não tem uma data específica de lançamento, mas, levando em conta sua época de testes, deve chegar no final de 2013.“Apesar de Battlefield e Medal of Honor Warfighter oferecerem ao jogador uma experiência completamente única, eles estão unidos pela sua base tecnológica subjacente – a Frostbite”, disse Frank Gibeau, o presidente da EA. “Estes são dois dos melhores shooters, se unindo para entregar uma experiência de intensidade de ação e entretenimento em primeira pessoa”.

22 de julho de 2012

[E3] Conversas de E3 2012


Era noite de terça-feira, 5 de junho. O segundo dia da E3 2012 parecia estar no fim, mas de repente começou a pipocar um tal vídeo da SquareEnix na internet, algo que disseram ser uma das coisas mais impressionantes já vistas.
Depois de assistir ao tal vídeo, eu tinha que compartilhá-lo e assim o fiz pelo facebook.
Bruno Izidro – Contemplem como serão os jogos na próxima geração de videogames O_O

(A conversa abaixo foi tirada do chat de bate-papo do facebook e foi a melhor maneira que encontrei de demostrar tanto nossas reações ao vídeo quanto ao evento em si)
Marcos Cordeiro – Que história é essa de nova geração? Que tá bolando por aí, o que saiu de novo?
Bruno – É uma tech demo da SquareEnix, pra mostrar em como pode chegar a qualidade gráfica, em tempo real, na próxima geração
Marcus – Mas pra qual? Xbox 720 ou PS4?
Bruno – Só dá uma olhada, tá rodando em tempo real.
(alguns segundos depois)
Marcus – Cacete. CARALHO. AGORA A PORRA FICOU SERIA. THAT’S BETTER THAN REAL LIFE.
Marcus – essa tech demo… Não dá pra acreditar nos gráficos. É uma cg… caralho.
Marcus – como vai rodar isso?
(poucos minutos depois)
Bruno – Já viu o jogo da Ellen Page?
Marcus – Ainda não vi o trailer novo…
Bruno -

(alguns minutos)
Marcus – Esse Beyond Two Souls só tem filmado de câmera?
Bruno – É porque esse é a parte que só é mostrada lá dentro, não era pra ser divulgado ainda.
Marcus – Peraí, esse jogo é da Ellen Page mesmo? Achei que você tava falando de The Last of Us, hahahahaha
Bruno – Não, esse aí é ela mesmo que fez a captura. É um jogo da Quantic Dream.
Marcus – LOL. Mas a menina do The Last of Us parece a Ellen Page também, hahaha
Marcus – A mina do The Last of Us parece mais com a Ellen Page do que o modelo dela no jogo da Quantic Dream, hahahaha.
Bruno Izidro – Mas a Naughty Dog parece que modificou um pouco a menina do Last of Us por causa disso. Se comparar o primeiro trailer com os de agora, ela tá mudada, mas ainda assim parece a Ellen Page.
Marcus – Poxa, que merda. Queria jogar aquele demo da robozinha com emoções… esqueci o nome agora.
Bruno – Kara.
Marcus – Isso.
Marcus – Será que um dia cobriremos a E3, Bruno?
Bruno – Não sei cara. Não costumo pensar muito nisso não, ainda preciso pensar em como me tornar jornalista de games primeiro.
Marcus – É. Foco. Por enquanto nossa cobertura é remota, haha. Falando nisso, vou ver a conferência da Nintendo e da Sony. Falou, até amanhã.

[E3] Ubisoft surpreende e apresenta o melhor pacote de games da E3 2012


A minha intenção este ano era fazer um único post mostrando só os jogos mais importantes apresentados nesta segunda-feira (4), o primeiro dia de E3 2012. E era isso que estava acontecendo até às 17h, quando começou a conferência da Ubisoft. Sim, ela tinha jogos muito bons para mostrar, mas o meu medo era que isso aí em baixo acontecesse de novo na apresentação dela:


Bom, não posso dizer que ela não tentou passar uma vergonha alheia com um tal de Tobuscus comediante wannbe como co-apresentador, mas, felizmente a gama de jogos apresentadas superou tanto as espectativas de todos que resolvi mostrar aqui só os jogos da Ubisoft (os mais relevantes, é claro).

É isso que o Wii U será capaz 
Se a Nintendo já falou (quase) todas as funções “inovadoras” que o seu próximo videogame vai trazer, foi a Ubisoft que mostrou o que realmente interessa: como um jogo vai utilizar as características únicas do Wii U, com uma demostração de mais novo game da série Rayman, Rayman Legends.


Rayman Origins já foi uma bela surpresa no ano passado e agora Legends mostra o verdadeiro potencial do console da Nintendo, com integração com o “tablet do Wii U”. Ele continua sendo lindo graficamente e com uma jogabilidade 2D oldschool . Um jogo obrigatório para quem comprar o Wii U no lançamento. Toma essa Super Mario.

Splinter Cell Blacklist
Ninguém esperava ver Sam Fisher nessa E3, mas lá estava ele estrelando mais um Splinter Cell. Curiosamente, o anúncio do mais novo game da série, Splinter Cell Blacklist, não aconteceu na conferência da Ubisoft e sim no da Microsoft, que tinha acontecido um pouco antes.
O último jogo da  série, Conviction, de 2010, foi bem promissor, mas não atingiu o sucesso esperado. Talvez por isso, Blacklist agora está nas mãos de outro estúdio: a Ubisoft Toronto. O anúncio do game não poderia vir de melhor forma se não mostrando logo a gameplay.


Tudo ali não parece muito inovador. Os inimigos em voga no momento são os árabes e lá estão eles para serem mortos por Sam Fisher. A mecânica de escalada à lá Parkour mostrou que Fisher andou treinando com certos assassinos italianos (até a animação é parecida com a do protagonista de Assassin’s Creed, que também é da Ubisoft) e a boa forma apresentada do agente mostra que essa é um jogo que se passa antes de Conviction. Talvez até um reboot?
Splinter Cell Blacklist sai para PC, Xbox 360 e PS3, mas só em 2013.
Um choro distante e insano
Talvez um dos jogos mais subestimados dessa nova geração seja Far Cry 2. Um puta game que quase ninguém fala muito, mas quando a Ubisoft anunciou o terceiro jogo na E3 do ano passado, o hype já ficou grande. De lá pra cá, a empolgação com o jogo foi aumentando e na apresentação da E3 deste ano, ela chegou ao máximo.


Peitinhos, uma ilha Lost, viagens “dorgas manolo” e um vilão com ar de Coringa formam a combinação de Far Cry 3. Ele pode ter uma ação meio Call of Duty, mas segundo os produtores, o jogador terá todo um arquipelágo de ilhas para explorar e descobrir segredos do local (talvez uma escotilha, só não quero ver cavernas de luz #Lost).
Uma informação que foi divulgação na conferência da Sony, que aconteceu depois, é que o jogo também terá um modo Coop para até quatro jogadores, além de multiplayer, mas pela demostração vista, ele é bem whatever
Far Cry 3 será lançado em setembro, para PS3, Xbox 360 e PC.

Uma surpresa inesperdada
Já no final da apresentação, a Ubisoft surpreende a todos com um título ainda não anunciado. E o melhor, uma nova franquia. Esté é Watch Dog.
Achou um pouco com cara de GTA? Achou que de tão bonito já é para a próximo geração? O jogo realmente pode ser considerado uma das melhores surpresas da E3 deste ano. Para explicar melhor o conceito por trás do game (e porque o personagem parece dominar e controlar aparelhos eletrônicos), a empresa também mostrou esse vídeo viral.
Segundo algumas informações do diretor do jogo, Jonathan Morin, Watch Dogs se passa em uma cidade aberta e explorável (como GTA), chamada Windy City e que é inspirada em Chigago. Apesar de ter sido visto uma parte de tiroteio, o foco do game deverá ser hackear equipamentos eletrônicos pela cidade para comprir os objetivos.
Acompanhando a reação das pessoas no twitter, era unânime a opinião de que essa foi uma das melhores conferência de E3 em anos.
A Ubisoft já tinha um conjuntou muito bom de jogos pré-anunciados, como Assasssin’s Creed III e Far Cry 3. Ela utilizou isso e não enrolou,  mostrando justamente aquilo que queriamos: mais informações  e demostração dos jogos esperados. Além disso, pegou todos de surpresa duas vezes. Primeiro com a bela demostração de Raymna para Wii U e com o anúncio de um game novo, que tem muito potencial e deixou todos instigados a saber mais.

[E3] Um vislumbre da próxima geração de video games na E3 2012


Xbox 360, Playstation 3 e (pasmem) Nintendo Wii formam a sétima geração de video games. Geração essa que inicou em 2005, quando o console da Microsoft foi lançado, ou seja, lá se vão aí sete anos, o que faz deste o maior ciclo de geração de games até hoje. Por isso, muitos jogadores já esperam ansiosamente não só por novos hardwares, mas também games mais poderosos e a E3 2012 prometia marcar o início da oitava geração, já que a Nintendo iria mostrar mais do seu Wii U.
De certa forma, a E3 deste ano serviu para sermos apresentados ao futuro dos video games, mas não tanto por meio da Nintendo e sim de outra forma, com a apresentação das novas engines gráficas que serão o “esqueleto” dos games que veremos daqui a um ou dois anos.
Sim, esses gráficos são mais bonitos do que a vida real
Desde quando ainda era conhecida pela alcunha de Squaresoft, a dona de Final Fantasy primava pela qualidade gráfica dos jogos, principalmente quando se fala das animações feitas em computação gráfica, as famosas CGs.
Não a toa, a empresa fez um vídeo de duas horas em CG e o chamou de filme, era Final Fantasy The Spirit Within, de 2001, e anos depois repetiu a dose com Final Fantasy VII Adventrue Children. Por isso, não é uma grande surpresa que tenha sido a Square Enix a primeira a nós impressionar com o que pode ser a próxima geração de video games, apresentando esse vídeo no meio da E3.


E foi com isso, senhoras e senhores, que a Square Enix “zerou” a E3 2012 e fechou a porta da internet quando saiu. A demostração técnica da Luminos Studio, a nova engine gráfica que a Square Enix está desenvolvendo, mostra o que poderemos ver nos jogos para o Playstation 4 ou o próximo Xbox.
O vídeo, lógico, deixou todos boquiabertos e impressionados, ao ponto de muitos acreditarem que aquilo não fossem gráficos processados em tempo real. Mas aí um novo vídeo foi vazado, o que calou a boca de todos.

Agora que estamos convencidos, vamos ao que se sabe sobre a tal Engine Luminous. Segundo o site IGN, a Tech Demo mostrada foi resultado dos esforços conjuto de vários estúdios internos da Square Enix, de diferentes partes do mundo. A produtora, no entanto, não divulgou qual a configuração do PC em que a demo estava rodando. O que seria uma forma de termos uma ideia do poder que uma máquina precisaria para processar gráficos tão impressionantes.
Já em outra ocasião, o próprio chefão da Square Enix,Yoichi Wada, falou a respeito da engine. Segundo ele, a Luminous foi criada como uma forma de unificar o desenvolvimento interno de games, já que hoje em dia cada jogo feito por um estúdio da produtora tem uma engine própria.
No entanto, a Luminous também serve para versatilizar o processo, não sendo pensada únicamente em gráficos mais realistas, mas também em possibilitar que diferentes tipos de jogos sejam feitos nela. “Esperamos que a Luminous Studio seja  capaz de cobrir um grande escopo de jogos, desde aqueles que têm muita ação até aqueles que não têm nenhuma”, disse o boss da Square em entrevista divulgada no Kotaku Brasil. E ao falar de versatilidade, Yoichi também quer dizer que a engine vai ser utlizada para desenvolver games tanto para consoles, quanto para PC e também smartphones.
Por fim, o senhor Wada-san confirmou que a produtora não irá licenciar a engine para outras empresas. Isso quer dizer que somente jogos da Square Enix a utilizarão :(
Mesmo com todo esse “auê” em cima da tech demo, já se sabe que, no momento, não está sendo desenvolvido nenhum jogo com a Luminous, já que a ela própria ainda não está pronta.
Acho que está faltando algo “épicamente irreal”
Até antes da Square Enix e sua Luminous virem e roubarem a cena, o que muitos estavam esperadno na E3 era a apresentação da próxima versão da engine da Epic Games, a Unreal Engine 4.
Para quem não sabe, é utilizando a atual versão desse motor gráfico, a Unreal 3, que são feitos jogos como o último Mortal KombatMass Effect e Batman Arkhan City. Foi por causa dessa engine, há uns seis anos, que finalmente pudemos experimentar o que a sétima geração era capaz, quando o primeiro Gears of War foi lançado. A Unreal 4, portanto, também servia para o mesmo propósito nos jogos que estão por vir.
Para ser bem honesto, talvez tenha sido já no ano passado que começamos a ter uma ideia do que seria a próxima geração de games, quando a Epic apresentou a última e mais recente versão da Unreal 3 (também chamada de Unreal 3.5). Este foi o Samaritan Tech Demo.

Esse vídeo não era o trailer de um novo jogo e sim uma demostração técnica do poderio da nova atualização da engine. Assim como a tech demo da Square Enix, esse vídeo foi bastante comentadado porque tudo esse gráfico aí que você viu também é feito em tempo real. Não, não era a Unreal 4, porque a quarta versão da famosa engina só foi apresentada oficialmente na E3 2012.

Os efeitos de ilumiação estão incríveis, mas, sinceramente, não impressionou muito. Ela é bonita, sem dúvida nenhuma, mas nem chegou perto do nível de qualidade da Luminous e, ouso dizer, da Saramitan, que deveria ser, teoricamente, inferior a ela.
E não sou só eu, um reles jogador que só tenho acesso a vídeos do youtube, que digo isso. O Jornalista e editor do site americano Kotaku, Stephen Totilo, esteve em uma apresentação da Unreal 4 na E3 e disse que ela não parece uma evolução tão gritante assim se comparada com a Samaritan.
No entanto, em uma conversa em que Totilo tem com um dos artista responsáveis pelo desenvolvimento da Unreal 4, Alan Willard, o funcionário da Epic diz que o principal avanço para deixar a Unreal 4 mais realista foi na tecnologia de iluminação. Neste vídeo aqui embaixo, ele explica isso mais detalhadamente.

O que talvez eu ache que tenha acontecido é que a Unreal, diferente da Luminous, é uma engine que é licenciada para várias outras empresas, não tão dedicada como a da Square Enix, o que faz com que ela não seja tão impressionante assim no primeiro monento.
Outro motivo é que, assim como aconteceu com a Unreal 3, ela receberá várias atualizações conforme o tempo for passando. Afinal, a primeira versão da Unreal 3 é bem inferior ao que é utilizado hoje em dia.
Por falar nisso, o jornalista da Kotaku americana também afirma que o recém-anunciado Star Wars 1313, diferente do que possa parecer, é feita com essa última versão da Unreal 3. Olhem só como o jogo está ficando.

Isso mostra que ainda se pode tirar muito da Unreal 3. Contudo, isso tem seu preço. A Epic confirmou que para se poder chegar ao nível apresentado no vídeo do Samaritan (e, consequentemte no vídeo acima) é necessário um computador equipado com três placas de vídeo GeForce GTX 580 (e eu, que só tenho tenho uma, penso que estou feliz).
Já de acordo com informação de Stephen Totilo, a Tech demo da Unreal 4 estava rodando em um PC com uma única placa GeForce GTX 680 (uma das mais top de linha da atualidade), ou seja, é uma tecnoligia que já está acessível (mesmo que custe os olhos da cara).
Mas é melhor não esperarmos que os primeiros jogos de PS4 já sejam feitos com a nova Unreal , já que, conforme o que Alan Willard falou para o jornalista na reportagem, os jogos com Unreal 4 só devem aparecer na segunda leva de jogos da próxima geração, o que deve acontecer mais ou menos um ano depois que os próximos consoles forem lançados.
Mesmo com essa afirmação, o editor do Kotaku confirmou com um desenvolvedor de games, de que já estão sim trabalhando em jogos com a Unreal 4.

Unreal 4 e o seus sistema de iluminação de ambientes

Tanto as tech demos da Unreal 4 e (mais ainda) a da Luminous impressonam. Contudo, é sempre bom lembrar que elas são feitas só para mostrar uma noção do que poderá ser o visual dos próximos games, sendo que os títulos dificilmente conseguem chegar em uma qualidade tão elevada logo de cara.
Por outro lado, jogos impressionantes que foram mostrados na E3 2012, como o já citado Star Wars 1313, The Last of Us e Watch Dogs, mostram que ainda podemos tirar proveito da atual geração (mesmo já sendo confirmado que, no caso de Watch Dogs e Star Wars, estarem rodando em um PC). Esse deve ser o último suspiro da sétima geração de video games.
Portanto, o futuro dos games na próxima geração (em termos de qualidade gráfica) será em 1080p, a 60 quadros por segundo e a E3 2012 mostrou isso.

informção sobre Resident Evil 6

A Capcom divulgou mais detalhes a respeito de Resident Evil 6 Anthology e Resident Evil 6 Archives, edições especiais do jogo Resident Evil 6 para o PlayStation 3 e Xbox 360, com lançamento programado para o mês de outubro. Ambas serão vendidas no valor de 89,99 dólares (R$ 185,00).
A coletânea do PS3, Resident Evil 6 Anthology, virá acompanhada de códigos que poderão ser utilizados na PSN para baixar os seguintes títulos: Resident Evil Director’s Cut, Resident Evil 2, Resident Evil 3, Resident Evil 4 HD e Resident Evil 5 Gold Edition. Para o Xbox 360 será lançado Resident Evil 6 Archives, que apresenta pequenas diferenças em relação à edição lançada para o console da Sony.
A primeira delas está no conteúdo, que será dividido em dois discos, sem necessidade de precisar fazer download, como é o caso do PS3. A versão para o console da Microsoft traz os games: Resident Evil 4 HD, Resident Evil: Code Veronica HD, Resident Evil 5 Gold Edition e o filme em CG Resident Evil Degeneração.
O lançamento de Resident Evil 6 será no dia 2 de outubro. A versão demo foi lançada ontem na Xbox Live. Na PSN acontece apenas no dia 3 de setembro.
A Capcom liberou três novos vídeos mostrando o gameplay de Resident Evil 6, apresentados durante a San Diego Comic-Con, realizada entre os dias 12 e 15 de julho. Eles contam ainda com alguns comentários do diretor do jogo, Eiichiro Sasaki. Resident Evil 6 será lançado dia 2 de outubro para Xbox 360 e PlayStation 3, com uma versão para PC ainda 
Resident Evil 6 (Foto: Siliconera)Resident Evil 6 (Foto: Siliconera)A seção de Leon, chamada de Underground, coloca o protagonista explorando um túnel de metrô infestado por zumbis e até cães contaminados. A iluminação é toda dedicada a criar tensão, como quando as sombras de vários zumbis são projetadas em uma parede antes mesmo de aparecerem. O diretor comentou que há ainda uma iluminação não natural nos zumbis para reproduzir o efeito de quando colocamos uma lanterna debaixo do rosto.Já na parte de Chris, Poisawan Inner Area, ele estará junto com um esquadrão da BSAA (Aliança de Avaliação de Segurança em Bioterrorismo), caçando a enorme cobra invisível detalhada recentemente. Sasaki comentou que muitos acham que ter muitas pessoas com você diminui a sensação de medo, mas que há um novo tipo de medo a ser sentido, conforme membros vão sendo mortos e o grupo vai ficando cada vez menor.

Por último, o estágio de Jake, Airplane Crash Site, mostra o já conhecido multiplayer crossover, onde quatro jogadores se unem para enfrentar um único inimigo, o Ustanak. O monstro carrega uma jaula nas costas e possui uma garra em seu braço, podendo pegar jogadores e prendê-los. Até três deles podem ficar presos ao mesmo tempo, deixando apenas um para encarar a criatura.
Além das três incríveis jornadas de ação que Resident Evil 6 (PS3, Xbox 360 PCs) promete trazer esse ano, parece haver uma outra crônica sutil ocorrendo por trás de todas as outras: uma história de envelhecimento e o nascimento de uma nova geração.
Jake Muller e Sherry Birkin, uma nova geração de Resident Evil (Foto: Reprodução: Rafael Monteiro)Jake Muller e Sherry Birkin, uma nova geração de Resident Evil (Foto: Reprodução: Rafael Monteiro)
Isso vem ficando aparente na divulgação dos trailers mais recente, onde reparamos como os protagonistas, Leon S. Kennedy e Chris Redfield, são retratados bem envelhecidos, apesar de terem apenas 35 e 40 anos, respectivamente. Não só isso, eles parecem lentamente dar espaço para o novo protagonista, Jake Muller.
Até hoje a série Resident Evil só teve dois protagonistas homens nos episódios principais, Leon e Chris, os quais se alternavam junto com alguma outra protagonista mulher, como Jill Valentine, Claire Redfield ou Rebecca Chambers. Isso significa que a Capcom não criava um novo protagonista homem desde Resident Evil 2 em 1998.
Leon e Chris através dos tempos (Foto: Reprodução: Rafael Monteiro)Leon e Chris através dos tempos (Foto: Reprodução: Rafael Monteiro)
Jake Muller, o filho do antigo vilão Albert Wesker, aparenta trazer o nascimento de uma nova geração de protagonistas. Porém, introduzi-lo sozinho em Resident Evil 6 poderia causar grande rejeição dos fãs da série, utilizando assim o apoio dos já consolidados Leon e Chris para construir o novo personagem.
Talvez a cena onde isso fique mais aparente seja a do multiplayer crossover quando a campanha de Leon e sua parceira Helena Harper se entrelaça com a de Jake e Sherry Birkin. Neste momento, Leon age de maneira desconfiada, quase revelando instintos paternos em relação à Sherry, a menina que ele e Claire salvaram em Resident Evil 2.

Jake também demonstra um espírito protetor quanto à Sherry e passa um ar de confronto contra Leon. Porém, a cena é interrompida pelo ataque de um monstro (1:20). Durante esse ataque, Jake protege Sherry com seu próprio corpo, enquanto Leon tenta agir, mas é lento demais, como se estivesse sem reflexos - decorrentes da idade. Esse momento parece simbolizar a passagem da tocha de uma geração para a outra.
Sherry também dá a impressão que inicia uma nova geração do lado das mulheres, pois algo que muitos fãs já repararam, e até reclamaram, é a ausência de personagens femininas de outros capítulos. Onde estão Jill ou Claire? Mesmo que estejam em alguma parte do jogo, a Capcom não parece fazer questão de exibi-las.
Este ponto poderia talvez ser explicado por uma peculiaridade da cultura japonesa, retratada de certa forma no livro Obasan, da autora canadense de origem nipônica, Joy Kogawa. No Japão, há um certo culto extremo à juventude da mulher, o qual faz com que mesmo mulheres mais velhas busquem se portar como jovens colegiais.
Enquanto parece bastante aceitável para o público japonês ter um protagonista homem com 35 ou 40 anos, uma mulher solteira com mais de 30 anos começa a ser vista por eles como uma “obasan”, termo que significaria algo como “tia” em japonês, perdendo assim muito do seu apelo como personagem.
Ada Wong através dos tempos (Foto: Reprodução: Rafael Monteiro)Ada Wong através dos tempos (Foto: Reprodução: Rafael Monteiro)
Provavelmente não há exemplo melhor disso do que Ada Wong, que era apresentada como uma femme fatale em Resident Evil 2 e Resident Evil 4, mas que no sexto capítulo está mais comportada. Além disso, acabou sendo retratada como vilã nos trailers, mesmo que alguma reviravolta na história venha a provar o contrário. No fim das contas, ela é apenas um ano mais velha que Leon.
Com a série seguindo uma linha do tempo próxima à nossa, realmente se torna inevitável o envelhecimento dos personagens e a entrada de novos protagonistas. Esse problema não é novo para a Capcom, que tem a mesma dificuldade em renovar o elenco de séries como Street Fighter.
Será que Jake Muller e Sherry Birkin poderão levar o legado de Resident Evil adiante? Quem serão os personagens de Resident Evil 7? O que acontecerá com o elenco atual em alguns anos? Muitos desafios e dilemas esperam por essa nova fase de uma das poucas franquias que conseguiu vencer o desgaste do tempo.
A ESRB, órgão de classificação etária dos jogos nos Estados Unidos, avaliou recentementeResident Evil 6, adequando-o para adolescentes a partir de 17 anos. Além disso, a descrição do site mencionou alguns elementos como nudez, mas caso você não queira ter qualquer surpresa estragada por spoilers, não leia adiante.
Montagem mostra as personagens de Resident Evil 4 nuas (Foto: Reprodução)Montagem mostra as personagens de Resident Evil nuas (Foto: Reprodução)
A descrição comenta obviamente da violência, a qual nunca foi novidade na série, como um dos fatores que contribuiu para a classificação. Porém, logo chega na parte da nudez, inédita para a franquia, ao descrever um chefe que é uma criatura híbrida entre mulher e aranha, com os seios de fora e movimentos sugestivos.
Nas palavras da própria ESRB: “Uma personagem chefe feminina (híbrida de humano e aranha) é retratada nua – apesar de sem detalhes discerníveis (sem mamilos ou genitália); durante um ataque, ela acaricia seus seios brevemente enquanto agarra o personagem do jogador”.
O resto do texto comenta apenas da violência, mencionando sons de tiro, gritos de dor, esguichos de sangue exagerados, desmembramentos, decapitação e outros atos intensos de violência, incluindo esfaquear zumbis na cabeça ou personagens que são empalados por monstros.
Resident Evil 6 será lançado em 2 de outubro para Xbox 360 e PlayStation 3, com uma versão para PC ainda sem data.
Durante a San Diego Comic-Con, realizada entre os dias 12 e 15 de julho, a Capcom liberou um novo trailer de Resident Evil 6 mostrando mais da campanha de Leon e Chris, incluindo um chefe que é uma cobra gigante. O título sai em 2 de outubro para Xbox 360 e PlayStation 3, com uma versão para PC ainda sem data.
Resident Evil 6 (Foto: Divulgação)Resident Evil 6 (Foto: Divulgação)
Cobras gigantes não são novidade para os fãs mais antigos de Resident Evil, mas esta criatura tem uma nova habilidade, pode ficar invisível ao caçar. Ela aparece durante a campanha de Chris, que acaba por persegui-la através de vários cenários para vingar um companheiro que é devorado.
O monstro não é completamente invisível, sendo mais semelhante aos insetos que aparecem em Resident Evil 4, ou o conhecido efeito de camuflagem do filme Predador. Outra peculiaridade é que quando abre a boca, suas presas ficam visíveis, dando a vantagem de saber quando ela vai atacar.
A Capcom divulgou um novo trailer para seu filme em computação gráfica, Resident Evil: Damnation, durante a San Diego Comic-Con, que foi realizada entre os dias 12 e 15 de julho, confirmando o retorno de Ada Wong. Ele chega aos cinemas do Japão em 27 de outubro e nos Estados Unidos será distribuído pela Sony, porém ainda sem data.


Resident Evil: Damnation (Foto: Divulgação)Resident Evil: Damnation (Foto: Divulgação)

O filme, que será chamado no Brasil de Resident Evil: Dominação, traz Leon S. Kennedy de Resident Evil 2, 4 e futuramente 6, como protagonista em meio a um novo ataque de armas biológicas na Europa. O roteiro é de Shotaro Suga, o mesmo escritor de Resident Evil: Degeneração (Degeneration).
Curiosamente, Ada Wong aparece no trailer, se apresentando como uma agente da BSAA (Aliança de Avaliação de Segurança em Bioterrorismo), a organização que combate as ameaças terroristas biológicas no jogo. Isso iria completamente contra o papel que ela parece desempenhar em Resident Evil 6, onde é tratada como uma inimiga.



lembre-se que nem tudo pode ser verdade






21 de julho de 2012

algumas informção sobre watch Dogs





Após a chamativa revelação de Watch Dogs durante a conferência da Ubisoft na E3 2012, a empresa liberou agora uma única nova imagem do jogo, para atiçar a imaginação daqueles que esperam pelo título, cujo lançamento está planejado apenas para 2013. Confira a imagem.
Watch Dogs (Foto: The Dark Side Of Gaming)Watch Dogs (Foto: The Dark Side Of Gaming)
Ela mostra o mesmo nível gráfico excepcional que vimos durante a apresentação na E3 2012, com texturas em alta resolução, uma incrível iluminação completa, com belos reflexos e sombras, para não mencionar efeitos usados adequadamente, como o motion blur em objetos movendo-se rapidamente, no caso, o trem. Tudo isso sendo renderizado em um jogo que trará um grande mundo aberto para se interagir.
Produzido pela Ubisoft Montreal, conhecida pela série Assassin’s Creed, Watch Dogs será um título sobre informação e tecnologia, em que os jogadores terão que hackear vários equipamentos eletrônicos para fazerem com que eles funcionem a seu favor. Isso inclui desde grampear uma chamada telefônica para obter dados até bagunçar o funcionamento de sinais de trânsito.
A qualidade dos gráficos apresentados tem até mesmo levantado teorias conspiratórias de que, apesar de o jogo ter sido anunciado para as plataformas atuais, a intenção da empresa seria apenas angariar interesse antes de empurrá-lo para consoles da próxima geração. O game sairá para para Xbox 360, PlayStation 3 e PC
O trailer de Watch Dogs pegou muita gente de surpresa. Não foi apenas por ser um acompanhante de última hora a já brilhante performance da francesa Ubisoft na Electronic Entertainment Expo deste ano – que inclui promissoras revisões de séries como Assassin’s Creed e Splinter CellWatch Dogs é surpreendente porque, de certa maneira, ele éimpossível.
Watch Dogs  (Foto: Divulgação)Watch Dogs (Foto: Divulgação)
É! Menos de dois meses depois que a Epic demonstrou a capacidade definitiva da nova ferramenta Unreal Engine 4 – que está sendo considerada uma janela para o futuro potencial da nova leva de consoles domésticos – a Ubisoft de repente vem com um vídeo que não apenas mostrou algo assustadoramente próximo da promessa absurda de “quase renderizarAvatar” que o designer Cliff Bleszinski dividiu com a mídia na ocasião. A Ubi fez tudo isso em um jogo de mundo aberto repleto de uma variedade de interações potenciais que deixaria Deus Ex envergonhado. É maluquice!
Não é à toa, portanto, que, antes de Yves Guillemot anunciar que o jogo chegaria aos consoles, uma parcela da comunidade de desenvolvimento simplesmente jogava de lado a possibilidade de Watch Dogs sair para PS3 e Xbox 360. Muito embora o fato de que o game já esteja com dois anos de desenvolvido nas costas torna plausível que você se depare com o jogo na prateleira de sua loja favorita muito antes de um PS4 ser sequer revelado. De qualquer forma, parecia haver um consenso entre a maioria de que não há console no momento capaz de fazer o que o vídeo apresenta. O interessante, entretanto, é que ninguém duvidava que esses visuais seriam possíveis em um computador de configuração recente.
watchdogsespecial3Watch Dogs (Foto: Divulgação)
Jogadores mais acostumados ao universo de consoles podem achar isto curioso, mas o computador está a anos-luz de distância da capacidade dos consoles domésticos. Os números provam: a placa Xenos, responsável pelo processamento do Xbox 360, é capaz de lidar com em média 240 bilhões de operações computacionais por segundo, um número tornado pequeno se comparado aos 3 trilhões de operações que um processador de ponta é capaz de, bem, processar. É um abismo gigante, ampliado pela concorrência acirrada entre desenvolvedores de placas e chips como a AMD e a NVIDIA e, do outro lado, pelo fato de que a Sony e a Microsoft estão jogando seguro, mantendo-se há sete anos com o mesmo hardware. Em termos simples, quando a nova geração de consoles atingir o mercado, é bem possível que donos de PC vão achar pouca coisa para se interessar.
Mas de volta ao Watch Dogs. Analise por um momento a cena inicial, em que Aiden Pierce, nosso protagonista, caminha em direção à boate. Vê como o vento bate no casaco do personagem e o faz mover? Isso exige deformação de objeto e cálculo de física, além de um uso infernal de tesselação para fazer a nova forma do casaco fazer algum sentido. E toda a luz? Aparentemente ela é dinâmica, então conte com pontos de luz na casa das centenas, além de cálculos para incidência e áreas de sombra móveis e deformáveis. Personagens que respondem a estímulos do ambiente e à ação do jogador? Melhor que você tenha uma respeitável (e pesada) rotina de IA aí, Ubi!
Vê? Todas estas coisas (conquanto não tenhamos assistido animações pré-programadas para a exibição) necessitarão ser programadas e renderizadas em tempo real, e seus resultados precisarão mudar constantemente dependendo da correlação entre cada fenômeno. É um trabalho que deixaria as 240 operações/segundo da Xenos comendo poeira, mas também o tipo de coisa que exige algo além de força bruta por parte da unidade de processamento do aparelho; é preciso algo além. Algo que, há alguns anos, tem sido uma crescente tendência em computadores.
watchdogsespecial2Watch Dogs (Foto: Divulgação)
Em 2010, a AMD – então recém-saída de uma feliz junção com a ATI – anunciou a produção da nova linha Fusion, cujo grande chamariz era uma tecnologia denominada APU. Em termos simples: para rodar um game ou qualquer outro aplicativo, o computador usa a GPU (graphical processing unit, ou unidade de processamento gráfico) para colocar os visuais na tela e a CPU (central processing unit, ou unidade de processamento central) para lidar com os cálculos por trás deles. A APU, entretanto, junta em uma só placa ambas as unidades, e repassa funções de cálculo e renderização para ambos os lados. O resultado é que, ao invés de dividir o trabalho para duas poderosas partes, a APU centraliza ele em uma única estação de trabalho que compensa poder com velocidade, e permite que operações matemáticas sejam compartilhada também com a GPU, ampliando o número de coisas que podem acontecer na tela.

A grande vantagem da APU está em sua portabilidade e na economia de energia que ela possibilita, o que a faz uma companheira ideal para a nova leva de smartbooks e tablets a invadir o mercado. Mas o que a AMD está fazendo com o APU é o que a indústria como um todo está perseguindo: otimização. A Microsoft está forçando criadores de hardware a abandonar CPUs e GPUs individuais a favor de unidades mais integradas para preparar terreno para o exigente Windows 8. Cliff Bleszinski, Tim Sweeney e cia. estão criando a Unreal Engine 4 com base em otimização de pipeline, permitindo que jogos e programadores possam ter acesso mais rápido à memória da CPU, agilizando assim tempos de loading e garantindo framerate estável mesmo em situações complexas como… bem, o que Watch Dog apresenta.
A sacada é que esta tendência tem algo em torno de três anos de idade. As tecnologias que hoje alimentam PS3 e Xbox 360 ao redor do globo tem, no mínimo, sete, e ainda dependem de CPUs e GPUs com tarefas distintas, e rotinas de programação bem mais lentas do que tecnologias como a Unreal Engine 4permitem.Eles teriam que suar pra mostrar qualquer coisa próxima do que vimos. Vale lembrar: não estamos dizendo que os consoles domésticos definitivamente não iriam rodarWatch Dogs. É só que eles possivelmente vão precisar de um grau de trabalho e jogo de cintura jamais visto, e o resultado pode muito bem criar um abismo bem maior do que o que ocorreu entre as versões de PC e consoles de Battlefield 3 – e, como resultado, um número jamais visto de jogadores raivosos e petições na internet. Sabe como são essas coisas.
Vale lembrar da mesma forma que tudo que vimos do game até o momento veio de uma demo rodando em um PC.
Ainda assim, o que o trailer de Watch Dog e a confirmação do jogo para PS3 e Xbox 360ensinam sobre esta e a próxima geração é que talvez nada seja impossível. É apenas como o velho dilema do pote de picles. Nem sempre o que você precisa é força bruta e insistência. Muitas vezes tudo o que é preciso é um pouco de jeitinho.
A Ubisoft revelou por meio do Twitter que Watch Dogs será lançado em 2013 para Xbox 360, PlayStation 3 e PC. O título coloca o jogador em uma espécie de Assassin’s Creed contemporâneo, controlando um assassino pelas ruas de uma grande metrópole.
watchdogsWatch Dogs (Foto: Divulgação)
Além disso, a versão que foi demonstrada durante a E3 2012 era para PC. No entanto, a companhia não divulgou quais eram as especificações técnicas da máquina utilizada para rodar o jogo.
Watch Dogs foi um dos games de maior destaque da feira deste ano e promete trazer um modo multiplayer atraente, já que os jogadores podem entrar e sair do jogo a hora que quiserem. Para entender um pouco mais de como o game funciona, confira o trailer abaixo.