28 de março de 2014

Plants vs. Zombies 2




 Jogos cujo o objetivo é criar o seu próprio  jardim florido podem ser divertidos. Quer dizer, se envolver hordas de zumbis, viagens no tempo e um maluco com uma panela na cabeça e um carro que conversa com você. Plants vs. Zombies 2 "It's About Time" chegou repleto de novidades e no formato freemium (de graça, mas com microtransações), mas sem prejudicar o jogador tradicional que não quer gastar dinheiro com mais 'vidas'.   O primeiro game, de 2009, era viciante demais. Tanto que foi lançado nos PCs, portáteis, smartphones e consoles, sempre com uma ou outra atualização. Dessa vez, o formato básico de 'tower defense' mantém-se, mas com muitas novas opções para você - e os seus inimigos. Vai ser mais difícil não perder nenhum dos seus cortadores de grama.   Juntamente da EA Mobile, a PopCap resolveu apostar em uma versão freemium para sua continuação, e parece ter se dado bem. Em sua primeira semana já ultrapassou o game original em downloads e - me desculpem o trocadilho - se enraizou no gosto geral, de jogadores tradicionais e daqueles habituados aos freemiuns do mundo virtual. A melhor parte é que em nada as microtransações vão atrapalhar o  desenrolar do seu jogo, a menos que pressa seja o seu segundo nome.   Comprar com dinheiro real serve basicamente para destravar antecipadamente os mundos e as plantas do seu jogo. Não precisa pedir vida para o amiguinho e nem comprar minutos extras com seu rico dinheirinho. De resto, é o bom e velho Plants vs. Zombies que conhecemos lá de 2009, mas com novos zumbis, plantas e estratégias.   O jardim do Dave Doidão não é mais suficiente para comportar a 'magnitude' do game. Agora, com a ajuda do seu carro falante que viaja no tempo, eles precisam se aventurar no Antigo Egito, no Mar dos Piratas e no Velho-Oeste em busca do seu precioso taco, comida mexicana tradicional e que Dave gosta muito.   Para habilitar as fases do jogo é preciso colecionar dois artefatos. Chaves, que destravam o caminho e liberam novas partes de cada um dos mundos e estrelas, que servem como moeda de troca para as viagens dimensionais. Para ambos, basta terminar as fases, mas ao contrário das estrelas, que são postas à medida que são cumpridos certos objetivos, as chaves aparecem de forma aleatória, e não necessariamente sempre que uma missão é concluída.   Essa questão das estrelas também é o que fará muita gente passar nervoso. Cada um dos objetivos a serem cumpridos possuem um nível de dificuldade acima da média, exigindo que você não gaste sóis por 60 segundos, não perca planta alguma do seu jardim ou mesmo tenha um estoque limitado de compras por fase. São vários desafios que precisam ser cumpridos, caso o objetivo seja arrecadar alguma das estrelas.   Não é tão difícil quanto parece - acho Candy Crush muito pior nesse aspecto - e você não precisa se preocupar com repetições ou vidas. Pode tentar quantas vezes quiser e, depois de um tempinho no game, não vai nem precisar se esforçar tanto. E outra, não é preciso recolher todas as estrelas dos mapas, a menos que seja um daqueles perfeccionistas.   A quantidade de plantas cresceu bastante. Os cogumelos deram espaço a novas plantas, umas bem exóticas. Tem a Boca de Dragão, uma das mais estilosas do seu acervo, que cospe fogo em mais de uma casinha ao mesmo tempo, uma trepadeira que destroi as lápides, um canhão de côco, além das clássicas pimentas, nozes e 'Disparervilha'.   Dessa vez, os jogadores também podem utilizar alguns poderes especiais. Os adubos energizam as plantas por um breve momento e elas se descobrem capazes de proezas inimagináveis. Descargas geladas que paralisam todos os zumbis do cenário, chuva de alfaces, metralhadoras de ervilhas, basta que você escolha a folhinha de adubo e uma planta para a aniquilação zumbi.   Outro poder inaugurado em Plants vs. Zombie 2 diz respeito às funcionalidades da tela de toque dos aparelhos iOS. São três os poderes: a pinça, o arremesso de zumbis e o choque. Com o dedo, você manipula esses poderes e consegue virar qualquer jogo perdido, desde que tenha pontos para gastar neles. É um pouco apelativo, mas dificilmente vai reclamar quando eles te salvarem de alguma pindaíba.   E não foi só o lado bonzinho que ficou mais forte. Os zumbis temáticos retornam com força total com sarcófagos, canhões de longa distância, armaduras reforçadas e armas de fogo. É preciso bolar uma estratégia nova dependendo de cada uma das levas de zumbis que devem ser derrotadas.   Os zumbis são completamente influenciados pelos cenários a que dizem respeito, obviamente. As próprias fases contam com suas artimanhas específicas também. O Mar dos Piratas simula um deck de navio, mas com um corredor um pouco mais estreito, deixando as laterais suscetíveis a ataques repentinos dos 'zumbis balançadores de corda'. No Velho-Oeste os trilhos fazem com que suas plantas se movam pelo cenário, dificultando um pouco a sua estratégia.   Plants vs. Zombie 2 chegou e causou. Uma excelente continuação, desta vez freemium e que deve cativar todo mundo que gosta de um bom 'tower defense' (pelo menos os que dispõe de um iOS). Seja você um desses caras desbravadores, que terminam o game na raça ou um pouco mais casual, que sucumbe às tentações capitalistas das vantagens de destravamento com dinheirinhos reais.

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